CCL - Centro Cultural de Lagos / 6 a 9 ABR INAUGURAÇÃO - Qui 6 ABR 17h30 Galeria Alfaia, Loulé / 13 a 16 ABR INAUGURAÇÃO - Qui 13 ABR 18h00 Artes plásticas / Entrada Livre
NO, FUTURE, NO CRY apresenta-se como um espaço de possibilidades sobre um presente caminhante, onde os pontos de chegada se traduzem em multiplicidades de ideias e visões, portais para a redescoberta de realidades imersivas e inovadoras sobre estar e ser num mundo cada vez mais veloz, mais refractado. Através de obras de David OReilly, Weisstub, Rui Palma, Fernando J. Ribeiro e Static Drama, apresenta-se uma exposição colectiva onde convergem obras de cinco artistas que desenvolvem trabalho entre a escultura e a obra digital, assumindo a 4ª revolução industrial como veículo de expressão imediata e poética de uma humanidade que se procura e renova a cada segundo.
So little darlin’, don’t shed no tears, cause everything’s gonna be alright.
DAVID OREILLY
David OReilly (n. Irlanda, 1985) é um artista baseado em Tóquio, no Japão. Foi criador das influentes curtas-metragens Please Say Something e The External World, o seu trabalho de animação ganhou variadíssimos prémios e foi objecto de retrospectivas internacionais. Foi argumentista de programas de televisão tais como Adventure Time e South Park, e criou jogos de vídeo ficcionais para o filme de Spike Jonze, Her, vencedor de um Oscar. Lançou o seu primeiro trabalho interactivo, Mountain, em 2014, seguido de Everything, em 2017. Erodindo as fronteiras entre arte, jogos e filosofia, Everything ganhou reconhecimento tanto junto de jogadores como de não-jogadores, e foi recentemente seleccionado por David Lynch para o seu Festival of Disruption.
PLEASE SAY SOMETHING 2009 – Uma relação atribulada entre um Gato e um Rato.
EXTERNAL WORLD 2011 – Um menino aprende a tocar piano.
BLACK LAKE 2010 – Loop abstracto, em colaboração com Jon Klassen.
EVERYTHING 2017 – Sejas quem fores, sejas o que fores, onde quer que estejas, estás no meio. É assim o jogo.
FERNANDO J. RIBEIRO
O trabalho de Fernando J. Ribeiro inclui diversos media, com enfoque em desenho, escultura e performance. Já expôs e actuou em várias galerias e eventos por Portugal e pela Europa. Entre as suas performances, constam: HOME SWEET HOLE, em International Performance Festival, Noseland, Zurique, 2015; TELL ME MY NAME, Projeto Contentores, Docas de Alcântara, Lisboa, 2010; BLIND DATE, Galeria Caroline Pagès, Lisboa, 2010, entre outras. Entre as exposições colectivas recentes, fazem parte: TRABALHO CAPITAL. GREVE GERAL, Oliva Creative Factory, São João da Madeira, 2020; THEM OR US, Galeria Municipal do Porto, 2017; ART STABS POWER. QUE SE VAYAN TODOS!, Bermondsey Project, London, 2014 entre outras.
UNTITLED (EUROPEAN UNION) consiste numa queda das estrelas da União, agora convertidas em maná oriundo de um azul-celeste. A derrocada da projecção num futuro promissor e infindável devolve todo o peso do consumo imediato, num alimento precário com sabor a presunto. Isolada fica a superfície de uma bandeira, já inabitável e inominável porque é pertença do campo do inumano.
UNTITLED (SUNSET) marca a passagem da escala infinita da natureza para a escala minúscula de um objeto íntimo. A reconstrução é produzida com o mínimo de peças de Lego, de modo a manter sempre visível o processo de construção. A constante presença das peças dá ênfase a uma matéria que retarda a hipótese de concepção do céu como imagem. A posse do infinito acontece somente enquanto fantasia infantil, dando os materiais de construção origem a imagens mentais em perpétua transformação.
RUI PALMA
Rui Palma é um fotógrafo sediado em Lisboa. Expôs em espaços como Galeria Foco, Senhora Presidenta, Queer Lisboa, Rivoli – Teatro Municipal do Porto. Participou na VII Bienal Jovens Criadores e na residência Encontros da Imagem. Colaborou com revistas como Vogue Portugal, Mixte, PrinÇipal, FuckingYoung e Vice.
WATER CHAIR é uma peça de uma série de fotografias impressas em diversos objectos. O suporte sólido opõe-se à fluidez da imagem do reflexo e refracção da luz na água.
HOLY DAYS é uma série de fotografias impressas em toalhas de praia. Iniciada em 2018, tendo como referência os tecidos que se estendem nas janelas quando passa a procissão, os estandartes religiosos ou as bancas de toalhas nos parques de estacionamento de praia, as imagens aludem à iconografia sagrada e cultura pop. A toalha surge como suporte relacionado com a água, que seca e envolve os corpos molhados, e grava a sua mancha e forma efémera como um sudário.
MAAYAN SOPHIA WEISSTUB
Maayan Sophia Weisstub (n. 1992) é uma artista interdisciplinar, formada no Royal College of Art. Maayan viu o seu trabalho exposto internacionalmente em várias galerias e museus, incluindo, entre outros: Saatchi Gallery (Londres), Christie’s (Londres), Omer Tiroche Gallery (Londres) and Pavlov’s Dog Gallery (Berlim). Participou na 24ª Gabrovo Biennial of Humor and Satire in Art, e o seu trabalho foi destacado nas revistas “WhiteHot”, “Kaltbult”, “Design Taxi”, entre outras plataformas.
Esta pequena vídeo-colagem é composta por fotografias eróticas antigas, juntamente com vídeos de acontecimentos quotidianos. O trabalho tem uma carga lúdica vincada, indo desde jogos do Super Mario até uma erupção vulcânica. O contraste entre a base erótica e a camada inesperada de happening, provoca no observador associações pessoais e colectivas que vão do desconforto, ao humor, à excitação sexual. Esta peça pretende desafiar tabus sexuais, destacando uma parte natural e valiosa das nossas vidas: o jogo da fantasia erótica.
STATIC.DRAMA
STATIC.DRAMA é um estado mental livre entre o estar e o deixar de estar. Nas artes visuais, viajo entre a imagem em movimento e a fracção de segundo. Estudioso da história do movimento, a observação diária do meio que me rodeia é o motor de mistura dos diversos suportes onde interajo.
FINIS TERRA – …e, no fim, havia o poema líquido…
TOURIST – Isto é uma oportunidade de fotografia, tu não queres perdê-la.