Abertura: 16 ABR 17h00
Centro Cultural de Lagos
16 > 19 ABR 14h30 > 19h00
Armazém Regimental de Lagos
Instalação Multimédia / 10' Loop / M16
Entrada Gratuita
Este é um retrato pessoal em busca da minha própria identidade, expresso-me através de uma forma visual em busca de respostas, questionando, expondo os meus medos e incertezas. Por vezes, sinto que perdi a minha identidade, ocultando partes de mim que não compreendo completamente, tornando-me desconhecido para mim mesmo, sem saber como revelá-las. Camadas e camadas de sensações armazenadas fazem-me sentir perdido. Costumava conhecer-me. É estranho como os reflexos mudam; já não me reconheço. Agora, encontro-me numa jornada para redescobrir e revelar o que me torna quem sou…
O processo de ocultação e de autoconhecimento transforma-se num desafio, ao ponto do eu assumir-se como um enigma, um código indecifrável à luz do dia. Camadas de sensações e experiências acumuladas, não vistas, não escutadas, geram uma sensação de desorientação, como se o passado e a essência pessoal tivessem sido armazenados em prol dos conceitos de continuidade e estabelecimento. O que antes era familiar já não se reconhece, e o caminho que se abre é um processo de redescoberta, uma procura para revelar e compreender os elementos essenciais que definem uma possível verdade, uma das milhares de identidades que carregamos.
Isto é uma tentativa de autorretrato.
João Catarino é fotógrafo, realizador, artista plástico, designer e curador, formado em Fotografia e Pós-produção pelo Atelier de Imagem, e em Pintura a Óleo pela Nextart, em Lisboa (2011).
Consolidou-se como fotógrafo e videógrafo, colaborando com diversos criativos e desenvolvendo artwork para álbuns de música. Foi diretor gráfico da Companhia João Garcia Miguel e do Teatro Ibérico, participando em projectos como o videoclipe I Explode You Make Boom, a capa do álbum La Negra e um documentário em Angola com a Cia JGM. Colaborou em iniciativas como o Festival Ventania, Encode (Simão Costa e Yola Pinto), Neon80 (Be Dias, CCB), e trabalhou em peças como DarkTraces (Museu de Serralves) e SAPO (André de Campos), entre outros. Foi colaborador de Daniel Matos na criação A Pedra, A Mágoa e co-criou Crying Cycle (Festival Pedra Dura). Também fez parte da equipa artística de O Meu Corpo Não É Uma Instância (Yola Pinto e Simão Costa) e dirigiu o vídeo-álbum LUZ (Marco Martins / Makina de Cena).