MAURA GRIMALDI, NATÁLIA LOYOLA e VICTOR GONÇALVES – SALARIS: Ficções a partir do Sal

SÁB 12 ABR
Conversa aberta na Galeria Alfaia, Loulé

17 ABR > 16 MAI / 9h30 > 16h00
Minas de Sal Gema de Loulé

Exposição / Entrada Gratuita

No dia 12 de Abril os artistas Maura Grimaldi, Natália Loyola e Victor Gonçalves se juntam à Associação Alfaia e ao Festival Verão Azul para uma conversa sobre o projeto SALARIS – Ficções a Partir do Sal. O encontro abordará a experiência e a ocupação artística em uma Mina de Sal-Gema em Loulé com cerca de 45km de extensão. Cada artista ocupará uma câmara distinta dentro deste complexo subterrâneo, convidando os visitantes a uma jornada através de diferentes explorações artísticas do sal, da geologia e das relações humanas com o ambiente natural e tecnológico.

SALARIS – Ficções a Partir do Sal
O projeto SALARIS – Ficções a Partir do Sal propõe uma experiência imersiva na Mina de Sal-Gema, em Loulé, Portugal. Com 45km de extensão, o espaço subterrâneo será palco para as instalações dos artistas Maura Grimaldi, Natália Loyola e Victor Gonçalves, que irão explorar, a partir de suas práticas individuais, o sal, a geologia e a relação entre humanos e o ambiente natural. Grimaldi criará uma atmosfera cinematográfica, utilizando práticas analógicas e mergulhando nas galerias da mina para explorar o lento processo de transformação. Loyola, por sua vez, transformará a textura tátil da mina em experiências sonoras imersivas, investigando o limiar entre o artificial e o natural. Gonçalves apresentará duas instalações: uma com barcos de papel, feita a partir de um relatório sobre um crime ambiental na mina de sal-gema no Brasil, e outra que, ao longo do tempo, verá uma pedra de sal se romper lentamente, explorando a dilatação do tempo e a fragilidade da matéria. Juntas, essas instalações criam um diálogo sensorial e reflexivo, levando os visitantes a explorar as complexas interações entre o humano, a tecnologia e a natureza.

Maura Grimaldi (São Paulo, Brasil) transita entre a pesquisa acadêmica e a prática artística, explorando principalmente tecnologias obsoletas e a experimentação com dispositivos ópticos. Seu trabalho reflete sobre a economia da atenção e a subjetivação contemporânea. Grimaldi vive e trabalha em Lisboa e já participou de exposições como Saxa loquuntur (as pedras falam) (2024), além de ser premiada com o Apoio a Criação’22 da Fundação La Caixa (2022/2024). Suas obras e projetos incluem residências e exposições em diversos contextos, como a bolsa Pro Helvetia/COINCIDENCIA South America, e o programa PIMASP no MASP.

Natália Loyola (Campinas, Brasil, 1981) é artista visual e pesquisadora, atualmente residente em Portugal. Focada em instalações que combinam geologia e tecnologia, seu trabalho questiona as narrativas do Capitaloceno e a relação entre a linguagem e o mundo mineral. Formada em Comunicação Social e com mestrado em Antropologia – Culturas Visuais, Loyola participou da XXIII Bienal de Arte de Cerveira (2024), recebendo o Prêmio Aquisição da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira. Em 2024, realizou a exposição A pele da terra em Lisboa, com curadoria de Sofia Steinvorth.

Victor Gonçalves (Brasil, 1989) é artista visual que vive em Lisboa desde 2017. Sua pesquisa abrange o desenho expandido, por meio de objetos, máquinas e instalações, discutindo as relações humanas na produção do espaço e a crítica ao utilitarismo na linguagem artística. Com formação em Geografia e História da Arte, Gonçalves participou de exposições como Por um Fio (2021), XXII Bienal de Cerveira (2022), e Nos_ em Madrid (2024). Recebeu apoio da DGartes para projetos como Salaris, em colaboração com Maura Grimaldi e Natália Loyola, e é fundador da Associação Atelier B12.