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JORGE RODRIGUES – 6500K
Os sonhos aparecem numa espécie de bruma acinzentada,situam-se nas camadas recuadas do inconsciente,que precisam de ser esclarecidas e clarificadas pela tomada de Consciência.
Na genética das cores é o cinzento que aparece em primeiro lugar e é o cinzento que permanece para o homem no centro da sua esfera de cores.
Habituado ao cinzento identifica-se com o cinzento.
Quando se encontra no meio dos seres e dos objectos o seu cinzento torna-se o centro do mundo da cor,o seu ponto de referência. ele compreende que tudo quanto vê é cor.
A predominância da cor no mundo das formas explica o mimetismo no mundo animal e a camuflagem no mundo humano
(excerto do texto Cinzento de Jorge Rodrigues)
FRANCISCO JANES – Untitled (Fridge)
Vídeo HD, Som (Loop, 20′)
Frigorífico, Mesa de Mistura, Microfones de Contacto
Penso que um dos processos principais que concorrem para tornar a prática e experiência artística importante, diferente da filosofia ou teoria política, em si mesma e por si mesma, parte deste mundo físico que a desperta, concerne a desfamiliarização dos objectos do quotidiano.
Francisco Janes vive e trabalha em Los Angeles e Lisboa. Nas suas instalações e performances, que tem vindo a mostrar principalmente em Portugal e nos EUA, o som e a imagem no espaço propõem uma experiência no limiar da realidade e da estranheza.Na sua prática, uma atenção e um respeito pelo documento contribuem para tornar o trabalho antes de mais presente e activo no espaço quotidiano que todos habitamos, envolvido no ambiente socio-político que o provoca.

MÓNICA SAMÕES com ALBERTO LOPES & JAPP – Large Enclosure
maybe i just don’t get it. i mean: i’m ready to that: maybe it’s just one of those things that are really simple: easy thing: i just don’t get it. it’s helpless. it’s just like that. but still i don’t like it, even if it is so. that’s why I keep trying to order words, to put words in the exact locations so they can mean – and i never get it. i mean: never can i be sure to have done anything more than the nothingness of not be.
Texto: Alberto Lopes
Produção: casaBranca

RICARDO JACINTO – Sferics #1
Peças para violoncelo compostas a partir da audição de captações, por receptores terrestres, de rádio natural em ELF (extremely low frequencies) e VLF (very low frequencies).
Todas as composições são baseadas num vocabulário e sintaxe inferidos das diferentes qualidades e articulação de ruídos presentes nessas gravações.
O termo “rádio natural” é utilizado para descrever a ocorrência natural de sinais electromagnéticos encontrados num espectro de frequência muito baixo, a maioria entre os 400Hz e os 10000Hz.
Estes sinais derivam normalmente de tempestades eléctricas e dos efeitos dos ventos solares na Magnetosfera.
www.parque.biz
www.eyeheight.blogspot.com

PEDRO AUGUSTO a.k.a. GHUNA X – Encadeamento
Encadeamento é uma audio-performance que retrata os condicionamentos de uma vida de clausura, entre os estados semi-delirantes e a ideia da construção de pequenos artíficios, que afastam uma rotina fechada em si e na pouca matéria acessível.
CALHAU!
Concerto Calhau! é banha sonora manipulada ao retardador que tanto vacila para a canção gaga a tentar apanhar ritmos lunares em eco oceânico como para pan-concretismos espectrais via truques mono-aquáticos expansivos na gruta sónica da radiação em queda directa à harmonia posta em fuga.
No Porto de 2006 Marta e Alves encontravam-se e ocupavam no instante do encontro uma determinada coordenada espacial que perdia a sua coordenação no instante seguinte para estabelecer dois instantes a seguir a religação dos segmentos disjuntivos em torno do Calhau!
ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE – Gritos de Artistas
Microfone, tripé, mesa de mistura, colunas de som, amplificador, leitor de mp3, som pré gravadoA peça tem como ponto de partida a obra homónima de 2010 dos autores Borralho & Galante, originalmente concebida como um projecto de rádio-arte Gritos de Artistas (instalação), consiste numa sequência de gritos pedidos a vários artistas, estendendo agora o convite ao público que visita a obra, onde para além da escuta dos referidos gritos pode também criar o seu.
Artistas por ordem de audição: Tiago Rodrigues, Alberto Lopes, Ana André, André Uerba, Andrew Poppy, Andrew Poppy & Julia Bardsley, Antonia Buresi, Atsushi Nishijima, Susana Chiocca, Claúdio da Silva, Dexter, Fernando Fadigas, Fernando Ribeiro, GhunaX, Gustavo Ciríaco, Helena Inverno, Idoia Zabaleta, Joana Vasconcelos, João Garcia Miguel, João Marçal, John Romão, JP Simões, Julia Bardsley, Julião Sarmento, Luciana Fina, Luís Castro, Luisa Cunha, Margarida Mestre, Miguel Moreira, Noé Sendas, Pedro Tudela, Rui Reininho, Susana Mendes Silva, Vasco Célio, Vasco Vidigal, Vera Mantero, Vera Mota, Verónica Castro, Vítor Rua, Volante, Yingmei Duan, Frederica Bastide Duarte
Produção: casaBranca
Agradecimentos: Artadentro
JOHN ROMÃO / COLECTIVO 84
ANJINHOS
Leitura radiofónica a partir de texto de Rodrigo Garcia (20 Minutos)
– Rádio Litoralgarve (www.litoralgarve.com), dia 20 às 16h00
– RUA FM 102.7 (Dia / Hora a definir)
– Rádio Zero (www.radiozero.pt)
ANJINHOS é um texto radiofónico escrito por Rodrigo García em 2004, que foi apresentado uma única vez em todo o mundo, em Valencia. O texto cataloga as várias maneiras segundo as quais o mundo das crianças é determinado pelo dos adultos. Com enorme clareza, humor e violência, investiga os sistemas de paternidade, educação, disciplina, cuidados e bem-estar que definem o mundo das crianças.
ANJINHOS, de modo directo e provocante, gira em torno do facto de que serão adultos quem ouvirá aquela estação de rádio e ouvirá, então, as crianças falar sobre a maneira como os adultos projectam neles o seu mundo:
“Este é um programa de rádio infantil, ou seja, um programa que as crianças fazem para os adultos. Seremos menos infantis que vocês em questões irrelevantes, como levar a comida à boca ou matar desconhecidos.Se há crianças a ouvir este programa, que desliguem o rádio porque já sabem o que vou dizer, e que se apliquem em coisas mais drásticas e excepcionais do que meter-se na cama, ler um conto e dormir. Se há adultos a ouvir este programa, que o ouçam, ou seja, que se dediquem a algo mais drástico e excepcional do que ir para a cama, embebedar-se, bater nos outros e dormir.Se há adultos a ouvir digo-vos já:
Vão ouvir ferro, vão ouvir fogo, vão ouvir rancor, filhos da mãe. Nós aprendemos tudo de vocês.Nós aprendemos de vocês o pior e conseguimos dar-lhe a volta. Encontrámos-lhe utilidade.”
Vozes crianças – Alice, Lucie Blue, Marta, Matilde, Simão e Tomás
VAIS OUVIR FOGO FILHO DA PUTA
Instalação (Loop, 15 Minutos)
A partir do texto Anjinhos, de Rodrigo Garcia