A convite do Festival Verão Azul, Vítor Rua escreve uma peça ensemble rock composta para e com a conhecida banda Algarvia de trash metal Prayers of Sanity, agrupamento com quem irá trabalhar em Lagos ao longo de uma semana.
O “tempo” tornar-se o componente essencial para a compreensão desta peça para ensemble e o veículo pelo qual a música fará um contacto profundo com o espírito humano.
Os eventos sonoros que formam esta composição tornam-se num fuxo e não o “tempo” e a música transforma-se numa encadeada série de eventos que contêm em si não só o “tempo” como o “modelam” lentamente.
Esta composição rock será entendida como uma sucessão de “momentos” sem direcção ou movimento definidos. Mas será realmente que podemos falar de “movimento” em música? Não será isso apenas uma metáfora?
A única coisa que realmente se “move” é a vibração dos próprios instrumentos e as moléculas de ar que chegam até aos nossos ouvidos.
Iniciou sua carreira em finais dos anos setenta com uma série de intervenções que mudou o rosto do pop / rock português.
Em 1982, formou com Jorge Lima Barreto os Telectu Duo. Em 1987, num acto de determinação autodidacta, dedicou-se ao estudo da notação musical contemporânea. O seu trabalho é caracterizado por um pós-modernismo embrionário e uma rejeição empirista dos limites culturais, refectindo uma transição entre a improvisação estruturada e a composição estrita.
No decurso de seu trabalho Vítor Rua tocou com figuras de destaque no mundo da improvisação (Jorge Lima Barreto, Chris Cutler, Elliot Sharp, Jac Berrocal, Nuno Rebelo, Carlos Zíngaro, Jean Sarbib, Evan Parker, Paul Lyton, Eddie Prévost, Louis Sclavis, Sunny Murray, Ikue Mori, Paul Rutherford, Giancarlo Schiafni, Barry Altschul e Daniel Kientzy).
A sua música tem sido interpretada por todo o mundo por virtuosos como Daniel Kientzy, John Tilbury, Giancarlo Schiafini, QTR Ensemble (Peter Bowman e Kathryn Bennets), OrchestrUtopica, Remix Ensemble, Peter Rundle, Straus Michael, Peterson Jorgen, Morcep Goran, Drumming , Bernini Quartet, Ana Ester Neves, Frank Abbinant.
Surgiram em Lagos, Algarve, decididos a relembrar a tudo e todos que os 80’s Thrash ainda vive.
Formados em Dezembro 2005 pelo guitarrista André, o baixista Carlos e o guitarrista/voz Tião (na altura baterista/voz) os Prayers tinham assim o seu line-up inicial. Passado algum tempo e algumas entradas/saídas, no verão de 2007 encontraram o baterista Bruno, que veio fnalizar o lineup, mantendo-se até agora.
Apesar de influenciados por vários e diferentes estilos musicais, o Thrash-Metal evidenciou-se e assim definiu o estilo destes Thrashers Algarvios.